Respeito aos aposentados!
Triste a nação que não respeita os aposentados! A história da classe trabalhadora no Brasil pode ser dividida em duas grandes etapas: uma antes dos direitos previdenciários e, a outra, após 1922, quando começam a surgir mecanismos para garantir uma velhice com dignidade para quem trabalha! Porém, o que estamos vivenciando no último período é um retrocesso nos direitos dos aposentados e uma política elaborada para prejudicar estas pessoas. Assim é no Regime Geral de Previdência, com o famigerado “Fator Previdenciário” e com reajustes que sequer acompanham o salário-mínimo e, também, no setor público, com uma política de concessões de gratificações que contemplam somente os servidores da ativa.
Ora, esta iniciativa burla totalmente o princípio da paridade, garantido com muito sacrifício e muita luta pelos trabalhadores! Que pensam os dirigentes sindicais que não se preocupam com os aposentados? Será que não vislumbram o futuro, que não conseguem perceber a injustiça presente nessa política? A história da classe trabalhadora tem presente uma característica única, que jamais deixou de existir: a solidariedade entre as gerações. O País, construído com o suor e a dedicação de nossos ancestrais, tem uma dívida de gratidão e tem, mais que tudo, a responsabilidade de garantir uma aposentadoria digna para todos.
Essa compreensão e solidariedade não podemos esperar da classe patronal, certamente! Seu objetivo é o lucro, a acumulação de riqueza. Também não faz parte dos programas dos governos. A cada dia que passa piora substancialmente a situação dos aposentados.
Garantir a manutenção da paridade, da igualdade e da isonomia é tarefa de todo sindicato sério e combativo. Não podemos excluir nossos colegas de nenhuma conquista, afinal de contas, a eles devemos a história: do País, do Estado e também das entidades que representamos!
(Érico Corrêa - Jornal do Comércio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário