Seguros para cartões e celulares: vale a pena contratá-los?
por Gladys Ferraz MagalhãesSÃO PAULO - Dependendo da modalidade, eles custam pouco, de R$ 2,60 a R$ 4,20 mensais. Entretanto, de acordo com a Pro Teste - Associação de Consumidores, somados os valores mensais, o montante pago anualmente pelos chamados pequenos seguros não é tão baixo assim, podendo variar de R$ 31,20 a R$ 50,40.
A entidade, que analisou 17 operadoras de seguros contra perda e roubo de cartões, desemprego e ainda para telefones celulares, observando as coberturas oferecidas e suas condições gerais, como prazo de carência, franquias, entre outras, se levadas em consideração as exclusões e coberturas limitadas, nem sempre os pequenos seguros são vantajosos para o consumidor, devendo este ficar atento antes de contratar um produto deste tipo, para não ser surpreendido futuramente.
CoberturasApesar de todos os seguros analisados oferecerem cobertura no mínimo com abrangência nacional, o que é positivo na avaliação da Associação, nem sempre o consumidor consegue escapar do prejuízo.
No caso de seguros contra perda e roubo de cartão de crédito, por exemplo, grande parte das seguradoras estabelece um período muito curto de cobertura anterior ao anúncio à empresa de que o cartão foi roubado ou furtado, o que pode fazer com que o consumidor arque com parte do prejuízo decorrente do extravio do plástico.Além disso, exclusões por tumulto, vandalismo, motim ou clonagem também podem fazer com que a seguradora tente se eximir da responsabilidade de pagar as compras feitas com o cartão furtado, alegando que a pessoa teve sua carteira apanhada em uma situação de empurra-empurra, como na saída de um show.
A Pro Teste alega ainda que tais seguros são incoerentes, já que o CDC (Código de Defesa do Consumidor) já garante que a pessoa não será obrigada a pagar por uma compra que não tenha feito, visto que é o estabelecimento que precisa comprovar quem efetuou a aquisição.
Seguro celular.
Outro seguro que não vale a pena contratar é o que visa proteger o telefone celular, que, na opinião da Associação, traz diversas cláusulas desfavoráveis ao consumidor em seus contratos.
Um exemplo seria o fato de o produto só ser vendido para aparelhos com até dois anos de uso e possuir carência de até 30 dias. Além disso, as coberturas, em geral, não incluem furto simples, perda, extravio ou oxidação de aparelho, sendo que as indenizações só são liberadas para furto qualificado ou roubo.
Outro problema visto pela entidade é que a franquia cobrada quando há sinistros é alta, podendo chegar a 30% do valor pago pelo telefone, enquanto para carros seria de aproximadamente 6%. Em outras palavras, abatendo tudo o que pagar do valor reembolsado, o seguro não cobre o prejuízo do cliente por completo.
Fonte: Infomoney, 8 de abril de 2009
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