Conta de luz pode subir mais de 30%
por MACHADO DA COSTA
Com a maioria dos fatores de elevação de custos das tarifas de energia já conhecida, consultorias estimam que, em 2015, os consumidores podem ter de arcar com altas da conta de luz superiores a 30% em alguns casos.
Ao longo dos últimos dois anos diversos fatores confluíram para que a conta de luz disparasse em 2015.
Empréstimos, desequilíbrios e desvalorização do dólar foram os principais.
Além disso, na terça-feira (9), a Aneel aprovou aumento de 46% para a energia de Itaipu, o que vai onerar os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As distribuidoras dessas regiões são as que apresentam o pior cenário para o próximo ano.
Mas, apesar de que as concessionárias do Norte e Nordeste não compram energia de Itaipu, os reajustes previstos não ficam muito abaixo.
Em média, as distribuidoras do centro-sul do país devem registrar uma alta média de 25%, enquanto as do Norte devem ter um aumento médio de 20%, segundo a consultoria Thymos.
"O próximo ano se anuncia como difícil para o consumidor. São muitos fatores de alta acumulados que começarão a ser pagos a a partir do próximo ano", diz Ricardo Savoya, da Thymos.
IMPULSÃO
Entre os principais impactos, estão dois financiamentos organizados pelo governo para socorrer as distribuidoras –um em 2013, de R$ 11 bilhões, e outro deste ano, de R$ 17,8 bilhões.
Soma-se também o encargo cobrado para pagar as usinas térmicas mais caras, que subirá no ano que vem, e o pagamento de indenizações e subsídios ao setor elétrico.
"Pode haver casos em que a energia ficará até 50% mais cara se comparada ao preço de 2014", afirma Cristopher Vlavianos, da consultoria Comerc, que prevê um reajuste médio de 30% a 35% a depender da área de atuação da distribuidora.
Segundo ele, esse extremo de 50% pode ser alcançado devido ao início em 2015 do sistema das bandeiras tarifárias, um instrumento criado pelo governo que eleva a conta de luz automaticamente quando o preço de referência da energia (o Preço de Liquidação das Diferenças, o PLD) fica próximo ao teto.
Quando isso acontece, como durante quase todo o ano de 2014, é acionada a bandeira vermelha. As bandeiras amarela e verde indicam que o preço de referência está em níveis mais baixos.
Em meses mais críticos, o efeito das bandeiras tarifárias sobre a conta de luz pode chegar a 11 pontos percentuais.
No entanto, a expectativa é que o impacto médio sobre as tarifas durante o ano seja de cinco pontos percentuais.
FREIO
Por outro lado, há também fatores que, se não ajudarão a baixar as tarifas, ao menos evitarão uma alta maior.
Até julho de 2015, cerca de 4.000 megawatts serão barateados e repartidos entre as distribuidoras devido ao término da concessão de 33 usinas hidrelétricas.
O volume representa 6% do consumo de eletricidade atual do país.
Por causa desse fator redutor, Paulo Steele, da TR Soluções, estima uma alta mais comedida do que as outras duas consultorias.
"O resultado combinado disto tudo, segundo meus cálculos, é de um reajuste médio de 14,6%", afirma.
Fonte: Folha Online - 13/12/2014
Ao longo dos últimos dois anos diversos fatores confluíram para que a conta de luz disparasse em 2015.
Empréstimos, desequilíbrios e desvalorização do dólar foram os principais.
Além disso, na terça-feira (9), a Aneel aprovou aumento de 46% para a energia de Itaipu, o que vai onerar os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As distribuidoras dessas regiões são as que apresentam o pior cenário para o próximo ano.
Mas, apesar de que as concessionárias do Norte e Nordeste não compram energia de Itaipu, os reajustes previstos não ficam muito abaixo.
Editoria de arte/Folhapress |
"O próximo ano se anuncia como difícil para o consumidor. São muitos fatores de alta acumulados que começarão a ser pagos a a partir do próximo ano", diz Ricardo Savoya, da Thymos.
IMPULSÃO
Entre os principais impactos, estão dois financiamentos organizados pelo governo para socorrer as distribuidoras –um em 2013, de R$ 11 bilhões, e outro deste ano, de R$ 17,8 bilhões.
Soma-se também o encargo cobrado para pagar as usinas térmicas mais caras, que subirá no ano que vem, e o pagamento de indenizações e subsídios ao setor elétrico.
"Pode haver casos em que a energia ficará até 50% mais cara se comparada ao preço de 2014", afirma Cristopher Vlavianos, da consultoria Comerc, que prevê um reajuste médio de 30% a 35% a depender da área de atuação da distribuidora.
Segundo ele, esse extremo de 50% pode ser alcançado devido ao início em 2015 do sistema das bandeiras tarifárias, um instrumento criado pelo governo que eleva a conta de luz automaticamente quando o preço de referência da energia (o Preço de Liquidação das Diferenças, o PLD) fica próximo ao teto.
Quando isso acontece, como durante quase todo o ano de 2014, é acionada a bandeira vermelha. As bandeiras amarela e verde indicam que o preço de referência está em níveis mais baixos.
Em meses mais críticos, o efeito das bandeiras tarifárias sobre a conta de luz pode chegar a 11 pontos percentuais.
No entanto, a expectativa é que o impacto médio sobre as tarifas durante o ano seja de cinco pontos percentuais.
FREIO
Por outro lado, há também fatores que, se não ajudarão a baixar as tarifas, ao menos evitarão uma alta maior.
Até julho de 2015, cerca de 4.000 megawatts serão barateados e repartidos entre as distribuidoras devido ao término da concessão de 33 usinas hidrelétricas.
O volume representa 6% do consumo de eletricidade atual do país.
Por causa desse fator redutor, Paulo Steele, da TR Soluções, estima uma alta mais comedida do que as outras duas consultorias.
"O resultado combinado disto tudo, segundo meus cálculos, é de um reajuste médio de 14,6%", afirma.
Fonte: Folha Online - 13/12/2014
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