Para financiar carro, não adianta calcular só prestação
por CLAUDIA ROLLI
Para financiar um carro usado, não adianta olhar só se a prestação cabe no bolso.
O cálculo tem de considerar o orçamento, mas também deve-se incluir nessa conta gasto com IPVA, seguro, uma reserva para manutenção, já que o veículo usado exige reparos com maior frequência, e gasto mensal com combustível, além de verificar prazo e juros de financiamento.
"O endividamento ainda ocorre porque o consumidor erra ao dimensionar a capacidade de pagamento. A prestação pode ser baixa, mas ele tem de fazer uma reserva para os gastos indiretos", diz Nicola Tingas, economista da Acrefi. "O acho que vai dar muitas vezes não dá."
Para os representantes do setor de usados, se o consumidor conseguir dar entrada de cerca de 30% do valor total deve conseguir juros menores. "À medida que a entrada aumenta, diminui o risco para a instituição que empresta o dinheiro, e as condições melhoram para o consumidor", diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
Além de verificar se a documentação está em dia, incluindo o pagamento do IPVA e do licenciamento, especialistas em defesa do consumidor recomendam checar o certificado de registro do veículo.
Nele deve constar o nome da loja (pessoa jurídica) ou do vendedor (pessoa física). Se estiver em nome de terceiros, desconfie, alertam.
O Procon-SP aconselha ainda o consumidor a fazer um termo de compromisso em que a loja ou vendedor (pessoa física) se responsabilize por multas, débitos de impostos e financiamentos existentes antes da data da compra e conferir se o ano de fabricação ou do modelo do carro coincide com o ano registrado no lacre do Detran, fixado na placa traseira.
"Se houver diferença, o vendedor deve justificar com comprovantes emitidos por órgãos de trânsito", orienta o Procon-SP.
PARA FICAR ATENTO
Há ainda alguns cuidados como observar se o chassi e o motor têm a mesma numeração. Se houver divergência nas informações, o comprador pode ter problemas com o seguro –empresas podem se negar a fazê-lo– suspeita de clonagem ou até adulteração de motor.
Revendedores também alertam para cuidados básicos, como verificar se no manual do veículo constam revisões, em que data e quilometragem foram feitos.
Outros pontos para ter atenção é com a leitura do contrato de compra e venda, exigir uma via assinada pelo vendedor.
"Cláusulas contratuais que limitam a garantia apenas para motor e câmbio não têm validade. Veículos são bens móveis duráveis, com garantia de 90 dias para todas as suas peças", informa o Procon.
Caso o carro apresente problemas após a aquisição, o consumidor deve fazer solicitações sempre por escrito e exigir a emissão de ordens de serviço, em caso de análise ou conserto. Assim que tomar conhecimento, o fornecedor tem até 30 dias para solucionar a questão.
Fonte: Folha Online - 27/04/2015
O cálculo tem de considerar o orçamento, mas também deve-se incluir nessa conta gasto com IPVA, seguro, uma reserva para manutenção, já que o veículo usado exige reparos com maior frequência, e gasto mensal com combustível, além de verificar prazo e juros de financiamento.
"O endividamento ainda ocorre porque o consumidor erra ao dimensionar a capacidade de pagamento. A prestação pode ser baixa, mas ele tem de fazer uma reserva para os gastos indiretos", diz Nicola Tingas, economista da Acrefi. "O acho que vai dar muitas vezes não dá."
Para os representantes do setor de usados, se o consumidor conseguir dar entrada de cerca de 30% do valor total deve conseguir juros menores. "À medida que a entrada aumenta, diminui o risco para a instituição que empresta o dinheiro, e as condições melhoram para o consumidor", diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
Além de verificar se a documentação está em dia, incluindo o pagamento do IPVA e do licenciamento, especialistas em defesa do consumidor recomendam checar o certificado de registro do veículo.
Nele deve constar o nome da loja (pessoa jurídica) ou do vendedor (pessoa física). Se estiver em nome de terceiros, desconfie, alertam.
O Procon-SP aconselha ainda o consumidor a fazer um termo de compromisso em que a loja ou vendedor (pessoa física) se responsabilize por multas, débitos de impostos e financiamentos existentes antes da data da compra e conferir se o ano de fabricação ou do modelo do carro coincide com o ano registrado no lacre do Detran, fixado na placa traseira.
"Se houver diferença, o vendedor deve justificar com comprovantes emitidos por órgãos de trânsito", orienta o Procon-SP.
PARA FICAR ATENTO
Há ainda alguns cuidados como observar se o chassi e o motor têm a mesma numeração. Se houver divergência nas informações, o comprador pode ter problemas com o seguro –empresas podem se negar a fazê-lo– suspeita de clonagem ou até adulteração de motor.
Revendedores também alertam para cuidados básicos, como verificar se no manual do veículo constam revisões, em que data e quilometragem foram feitos.
Outros pontos para ter atenção é com a leitura do contrato de compra e venda, exigir uma via assinada pelo vendedor.
"Cláusulas contratuais que limitam a garantia apenas para motor e câmbio não têm validade. Veículos são bens móveis duráveis, com garantia de 90 dias para todas as suas peças", informa o Procon.
Caso o carro apresente problemas após a aquisição, o consumidor deve fazer solicitações sempre por escrito e exigir a emissão de ordens de serviço, em caso de análise ou conserto. Assim que tomar conhecimento, o fornecedor tem até 30 dias para solucionar a questão.
Fonte: Folha Online - 27/04/2015
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