Saúde bucal após os 60 anos: conheça a odontogeriatria
Posted: 27 Sep 2011 12:52 PM PDT
Com a redução das taxas de fecundidade e mortalidade da população, está ocorrendo uma transformação drástica na estrutura etária brasileira. E, resultando do aumento da expectativa de vida dos brasileiros, é crescente a preocupação da odontologia com o atendimento de pacientes idosos.
O IBGE estima que no ano de 2025, o número de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil aproxime-se dos 32 milhões, o que representaria 14% do total da população do país.
Essa realidade fez com que o Conselho Federal de Odontologia reconhecesse a Odontogeriatria como especialidade no ano de 2003, com o objetivo também de integrar social, psicológica, e funcionalmente o idoso, além de fazer a prevenção de doenças bucais, que podem aumentar os riscos de doenças sistêmicas.
Segundo o cirurgião-dentista, Fábio Ferrari, ao alcançar uma idade avançada, a chance de adquirir e desenvolver doenças crônico-degenerativas aumenta significativamente.
Após os 60 anos, o indivíduo apresenta 50% de chance de ter ao menos uma doença que, ao longo de sua história natural e com o envelhecimento, pode gerar déficits físicos e cognitivos (mentais e psicológicos).
Essas doenças comumente afetam a saúde oral do indivíduo (caso da diabetes), assim como a falta de cuidados com a higiene bucal, agravando a condição de saúde geral do indivíduo. Por exemplo, a periodontite, inflamação grave da gengiva que aumenta a chance de infarto agudo do miocárdio.
Portanto, o odontogeriatra deve estar preparado para lidar com o paciente acometido por essas doenças em seus diferentes estágios. Por exemplo, é muito diferente o tratamento de um paciente na fase inicial do Mal de Alzheimer, quando ele ainda pode se deslocar até o consultório, do que na fase em que a doença está mais severa e o paciente já está acamado, o que faz com que o dentista se desloque até ele.
Mais importante ainda, é que o especialista conheça a evolução da doença, adequando o tratamento às mudanças da vida do paciente com o decorrer do tempo.
Então, a saúde oral, deve ser encarada como uma parte integrante da medicina e, portanto, segundo Ferrari, é imprescindível que o odontogeriatra tenha alguns requisitos básicos para o atendimento correto de pacientes idosos, como:
O total conhecimento das doenças já diagnosticadas dos pacientes;
O conhecimento das medicações que o paciente faz uso, suas possíveis interações e seus efeitos na cavidade oral;
Saber reconhecer e suspeitar de: sinais e sintomas de doenças crônicas ainda não diagnosticadas, grau de evolução e gravidade delas, grau de autonomia do paciente (até onde ele pode tomar decisões sozinho), de dependência e expectativa de vida do paciente;
As doenças sistêmicas que comumente afetam os idosos podem influenciar no tratamento odontológico de formas distintas:
Por suas manifestações e repercussões diretas na cavidade oral;
Pelos efeitos colaterais bucais causados pelos medicamentos e terapêuticas utilizadas para o tratamento das doenças;
Pelas complicações físicas e cognitivas resultantes dessas doenças e que comprometem os pacientes, diminuindo sua capacidade de manutenção da saúde oral;
Pelos cuidados que devemos ter no atendimento aos pacientes portadores de tais enfermidades;
A colheita de todas essas informações, feita através de uma avaliação correta na primeira consulta e da comunicação efetiva entre os profissionais e os pacientes, são imprescindíveis para um planejamento individualizado do tratamento, aumentando a probabilidade de sucesso e melhorando, assim, a qualidade de vida dos pacientes.
O cirurgião, Fábio Ferrari, relata as principais doenças sistêmicas que acometem os idosos e que, de alguma forma, repercutem na saúde oral:
Cardiopatias, sendo a hipertensão a mais comum delas e que exige cuidados com anestesia e ansiedade do paciente;
Diabetes mellitus do tipo 2, que aumenta a chance da pessoa desenvolver problemas graves de gengiva, além de dificuldades de cicatrização;
Doenças articulares – atrite e artrose, que dificultam a higienização por parte do paciente, acumulando restos alimentares, aumentando a chance de desenvolver cáries e gengivites;
Síndromes demênciais – o Mal de Alzheimer, a doença que mais cresce entre os idosos, é o mais comum. Tem progressão lenta e deixa o indivíduo com total dependência no dia a dia;
A moderna prática da odontologia compartilha dos mesmos ideais que a medicina, em melhorar a saúde do idoso bem como sua qualidade de vida, mantendo ou até mesmo restabelecendo a integridade de seu sistema mastigatório. Diante deste cenário, observa-se a importância da especialidade, pois os idosos necessitam de cuidados especiais e de profissionais especializados para lidar com tais particularidades.
Posted: 27 Sep 2011 12:52 PM PDT
Com a redução das taxas de fecundidade e mortalidade da população, está ocorrendo uma transformação drástica na estrutura etária brasileira. E, resultando do aumento da expectativa de vida dos brasileiros, é crescente a preocupação da odontologia com o atendimento de pacientes idosos.
O IBGE estima que no ano de 2025, o número de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil aproxime-se dos 32 milhões, o que representaria 14% do total da população do país.
Essa realidade fez com que o Conselho Federal de Odontologia reconhecesse a Odontogeriatria como especialidade no ano de 2003, com o objetivo também de integrar social, psicológica, e funcionalmente o idoso, além de fazer a prevenção de doenças bucais, que podem aumentar os riscos de doenças sistêmicas.
Segundo o cirurgião-dentista, Fábio Ferrari, ao alcançar uma idade avançada, a chance de adquirir e desenvolver doenças crônico-degenerativas aumenta significativamente.
Após os 60 anos, o indivíduo apresenta 50% de chance de ter ao menos uma doença que, ao longo de sua história natural e com o envelhecimento, pode gerar déficits físicos e cognitivos (mentais e psicológicos).
Essas doenças comumente afetam a saúde oral do indivíduo (caso da diabetes), assim como a falta de cuidados com a higiene bucal, agravando a condição de saúde geral do indivíduo. Por exemplo, a periodontite, inflamação grave da gengiva que aumenta a chance de infarto agudo do miocárdio.
Portanto, o odontogeriatra deve estar preparado para lidar com o paciente acometido por essas doenças em seus diferentes estágios. Por exemplo, é muito diferente o tratamento de um paciente na fase inicial do Mal de Alzheimer, quando ele ainda pode se deslocar até o consultório, do que na fase em que a doença está mais severa e o paciente já está acamado, o que faz com que o dentista se desloque até ele.
Mais importante ainda, é que o especialista conheça a evolução da doença, adequando o tratamento às mudanças da vida do paciente com o decorrer do tempo.
Então, a saúde oral, deve ser encarada como uma parte integrante da medicina e, portanto, segundo Ferrari, é imprescindível que o odontogeriatra tenha alguns requisitos básicos para o atendimento correto de pacientes idosos, como:
O total conhecimento das doenças já diagnosticadas dos pacientes;
O conhecimento das medicações que o paciente faz uso, suas possíveis interações e seus efeitos na cavidade oral;
Saber reconhecer e suspeitar de: sinais e sintomas de doenças crônicas ainda não diagnosticadas, grau de evolução e gravidade delas, grau de autonomia do paciente (até onde ele pode tomar decisões sozinho), de dependência e expectativa de vida do paciente;
As doenças sistêmicas que comumente afetam os idosos podem influenciar no tratamento odontológico de formas distintas:
Por suas manifestações e repercussões diretas na cavidade oral;
Pelos efeitos colaterais bucais causados pelos medicamentos e terapêuticas utilizadas para o tratamento das doenças;
Pelas complicações físicas e cognitivas resultantes dessas doenças e que comprometem os pacientes, diminuindo sua capacidade de manutenção da saúde oral;
Pelos cuidados que devemos ter no atendimento aos pacientes portadores de tais enfermidades;
A colheita de todas essas informações, feita através de uma avaliação correta na primeira consulta e da comunicação efetiva entre os profissionais e os pacientes, são imprescindíveis para um planejamento individualizado do tratamento, aumentando a probabilidade de sucesso e melhorando, assim, a qualidade de vida dos pacientes.
O cirurgião, Fábio Ferrari, relata as principais doenças sistêmicas que acometem os idosos e que, de alguma forma, repercutem na saúde oral:
Cardiopatias, sendo a hipertensão a mais comum delas e que exige cuidados com anestesia e ansiedade do paciente;
Diabetes mellitus do tipo 2, que aumenta a chance da pessoa desenvolver problemas graves de gengiva, além de dificuldades de cicatrização;
Doenças articulares – atrite e artrose, que dificultam a higienização por parte do paciente, acumulando restos alimentares, aumentando a chance de desenvolver cáries e gengivites;
Síndromes demênciais – o Mal de Alzheimer, a doença que mais cresce entre os idosos, é o mais comum. Tem progressão lenta e deixa o indivíduo com total dependência no dia a dia;
A moderna prática da odontologia compartilha dos mesmos ideais que a medicina, em melhorar a saúde do idoso bem como sua qualidade de vida, mantendo ou até mesmo restabelecendo a integridade de seu sistema mastigatório. Diante deste cenário, observa-se a importância da especialidade, pois os idosos necessitam de cuidados especiais e de profissionais especializados para lidar com tais particularidades.
FONTE: Blog da Saúde.
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