Rio – Ao apagar das luzes de 2011, a presidenta
Dilma Rousseff se comprometeu a negociar com as centrais sindicais, pelo menos,
15 projetos que beneficiarão os mais de 28 milhões de aposentados do
País. O DIA teve acesso às propostas. Elas prevêem, além da
equiparação dos reajustes entre os que ganham o piso (R$ 622, aumento de 14,1%)
e acima dele, a redução do imposto de renda e a inclusão de mais remédios na
Farmácia Popular.
A reunião está prevista para acontecer já no início do próximo mês e contará
com a intermediação do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o
ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. O compromisso foi firmado
por correspondência, enviada às entidades representativas dos aposentados e
pensionistas ainda em 27 de dezembro.
Um dia antes, a Confederação dos Aposentados e Pensionistas (Cobap) havia
feito um apelo à presidenta a respeito da importância de reajuste igual aos que
ganham o mínimo (14,1%), além de medidas necessárias para a melhoria da
qualidade de vida dos segurados. A carta foi repassada a Dilma por meio da
bancada governista no Congresso e teve a intermediação do deputado federal
Paulinho da Força (PDT-SP).
“A primeira pergunta a ser feita é saber se o Gilberto Carvalho e o Garibaldi
Alves terão poder de decisão nesta reunião. Se tiverem, poderemos avançar nos
direitos aos aposentados. A outra questão é saber se o Ministério da Fazenda vai
aceitar essas medidas. Se eles radicalizarem, iremos atrás dos deputados e
senadores. Tem bastante gente engajada na causa”, avalia João Batista
Inocenttini, presidente do Sindicato dos Aposentados da Força
Sindical.
Sugestões expostas
- Política fixa de valorização dos benefícios dos aposentados e pensionistas
que recebem acima do mínimo.
- Recomposição do poder de compra dos segurados que ganham acima do piso.
Segundo a Cobap, a defasagem acumulada chega a 70%.
- Extensão da isenção, ou redução, de imposto de renda aos todos os
aposentados e pensionistas. Hoje apenas os maiores de 65 anos contam com
isenção.
- Aumento na cartela de medicamentos oferecidos a
baixo preço nas Farmácias Populares.
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