APOSENTADOS : CONSULTORIA É OPÇÃO APÓS OS 50 ANOS.....

Aposentados: Consultoria é opção após os 50 anos.

Ocupação é indicada para profissional com mais experiência já aposentado É comum hoje em dia as empresas desligarem de seu quadro de pessoal funcionários com mais de 50 anos, acreditando que estes profissionais não conseguem mais ter a mesma produtividade que alguém mais novo. Com isso, para os que possuem disposição e uma boa formação profissional, uma das alternativas é enveredar para o mundo da consultoria, conforme orienta o professor e consultor Luiz Afonso Romano, presidente do Instituto Brasileiro de Consultores de Organização (IBCO).

“Atualmente a expectativa de vida do brasileiro é de 85 anos, em média. Então, vamos supor que ele se aposente ou seja desligado da empresa aos 50 anos. O que ele vai fazer nos próximos 35 anos? Pensando nisso, comecei a ministrar cursos de consultoria para este público, com o objetivo de dar o instrumento e não o conteúdo”, explicou.

Segundo Romano, ao ingressar no mercado de consultoria o profissional poderá cobrar de R$ 100 a R$ 800 a hora. Para ter uma boa atuação no mercado, segundo o consultor, o aposentado não começa do zero. “O ideal é resgatar da memória ideias e projetos que aprovou, teorias e práticas, padrões, exceções e modismos gerenciais e, quem sabe, fazer a conversão de forma planejada, com um bom plano de trabalho, revendo conceitos e premissas. Outra coisa importante é formatar um rico banco de dados, bem segmentado com companheiros, fornecedores, clientes, bancos, seguros, governos, advogados, para se apresentar ao mercado de forma articulada e convincente, no momento oportuno”, alertou.

Ele disse, ainda, que às vezes “esquecemos que o cérebro quanto mais estímulos recebe mais capacitado está para fazer uma grande dobradinha com a experiência. A maturidade passa a ser um trunfo. Niemeyer (o arquiteto Oscar Niemeyer), por exemplo, não abandonou o trabalho e é um exemplo para todo mundo. Agora, aos 100 anos, sabe mais e cria mais do que um jovem ou, digamos, um novo idoso de 50”. Para o consultor Romani, o ideal seria que as empresas preparassem seus profissionais no sentido de como atuar depois da aposentadoria ou de demissões. (Folha de Pernambuco)