Posted: 19 Oct 2012 10:49 AM PDT
Em comunicado oficial, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou que “médicos brasileiros que prescreveram terapias com o objetivo específico de conter o envelhecimento, práticas conhecidas como antiaging, estarão sujeitos às penalidades previstas em processos ético-profissionais”.
A falta de evidências científicas de benefícios, e os riscos e malefícios que trazem à saúde não permitem o uso de terapias hormonais com o objetivo de retardar, modular ou prevenir o processo de envelhecimento, informou o conselho no texto da Resolução 1999/2012.
O Coordenador da Câmara Técnica de Geriatria do CFM, Gerson Zafalon Martins, que gerenciou o trabalho que resultou na nova resolução, alerta para os riscos que tais métodos podem causar. “Prescrever hormônio do crescimento para ‘rejuvenescer’ um adulto que não tem deficiência desse hormônio é submetê-lo ao risco de desenvolver diabetes e até neoplasias”.
A geriatra Elisa Franco Costa, que auxiliou na pesquisa do CFM, compartilha da mesma opinião. “Estão vendendo ilusão de antienvelhecimento para a população sem nenhuma comprovação científica e que pode fazer mal à saúde. Com a idade, o metabolismo mais lento e a ingestão de algumas substâncias podem aumentar o risco de várias doenças”.
Entre as diferentes técnicas para deter o envelhecimento, a principal crítica do CFM – diz a nota oficial – se detém sobre a reposição hormonal e a suplementação com antioxidantes (vitaminas e sais minerais).
O conselho afirma que a adoção destes métodos não gerou, até o momento, resultados confirmados por estudos científicos em grandes grupos populacionais ou de longa duração. Além disso, como eram empregados em pacientes com hipofunção glandular, podem provocar efeitos adversos que levem seus usuários ao desenvolvimento de outras disfunções.
Penalidades possíveis – O médico ficará impedido de praticar a terapia, sob pena de ter seu registro profissional cassado.
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