Rio -  Com a estabilização da economia, cada vez mais brasileiros planejam uma poupança a longo prazo para arcar com os estudos ou garantir renda complementar para os filhos. Se, no passado, os pais inscreviam os jovens no INSS — garantindo a aposentadoria oficial —, com o fator previdenciário esse recurso caiu em desuso.
Já a tradicional caderneta de poupança ainda continua forte, mas com a queda da taxa de juros e, consequentemente, na sua rentabilidade, deixa de ser o melhor instrumento para uma aplicação de longo prazo. Assim, os brasileiros descobriram a previdência privada suplementar jovem que, com contribuições mensais de R$ 30 a R$50, ganham cada vez mais espaço nas aplicações.
Foto: Arte: O Dia
Arte: O Dia
De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada (FenaPrevi), que representa 104 seguradoras, só no primeiro semestre de 2012, a comercialização desse tipo produto cresceu 20%. “As pessoas passaram a ter a oportunidade de programar melhor as finanças e planejar uma proteção para os seus filhos”, explica o diretor de Previdência Privada e Vida da FenaPrevi, Luiz Peregrino.
Conforme o executivo, os planos PGBL e VGBL, oferecidos pela maioria das empresas, são os mais adequados para um planejamento a longo prazo. “Os produtos têm preços bem flexíveis”, destaca.
CUIDADOS NA CONTRATAÇÃO
LONGO PRAZO
Professor da Escola Nacional de Seguros, Mauricio Viot diz que os planos não garantem rentabilidade, mas atuam como uma poupança a longo prazo, pois fazer uma retirada antes do tempo estipulado, mesmo possível, sai muito caro por conta do pagamento do Imposto de Renda e das taxas de Administração e de Carregamento. “Quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor o percentual do IR e das taxas cobradas pelas seguradoras”, diz.
CARREGAMENTO
Taxa cobrada sobre o valor aplicado mensalmente,que pode variar de 3% a 5%. Se a taxa for de 3%, para cada R$ 100 aplicados, apenas R$ 97 ficam à disposição para acúmulo no fundo.

ADMINISTRAÇÃO
Taxa de administração é cobrada anualmente sobre o valor total da aplicação e varia de 1,5 a 2%. Com a concorrência entre as seguradoras, a tendência é baixar e, até mesmo zerar, os percentuais destas taxas.
SIMULADOR
A Caixa Seguros mantém no site www.caixavidaeprevidencia.com.br um simulador para que a pessoa avalie o melhor produto: PGBL ou VGBL. A seguradora oferece o plano ‘Crescer’ a R$ 35 por mês e sem taxa de carregamento e taxa de administração decrescente.

A PARTIR DE R$ 30
A Bradesco Seguros tem o ‘Prev Jovem’ a partir de R$30, com benefício de pecúlio ou pensão ao menor, em caso de morte do titular.
Fonte: O DIA