Dificuldade para dormir pode ser sintoma de Alzheimer
27/11/2012
Perda de memória e dificuldades de raciciocínio são sintomas mais
avançados do Alzheimer.
Dormir mal pode ser uma indicação inicial de Alzheimer, aponta um estudo
realizado em camundongos na universidade de Washington.
Acredita-se que um componente chave da doença seja a formação de placas
de proteína no cérebro.
No estudo divulgado na publicação científica Science Translational
Medicine, os pesquisadores mostraram que os camundongos têm o sono interrompido
quando essas placas começam a ser formadas.
Especialistas dizem que se a relação entre esses dois fatores for
comprovada, a informação pode ser uma importante ferramenta para o tratamento
da doença.
É consenso na literatura médica de que quanto mais cedo se descobrem os
sinais de Alzheimer, mais efetivo tende a ser o tratamento contra a doença.
Portadores da enfermidade não apresentam problemas de memória ou clareza
de pensamento até estágios mais avançados e, quando isso ocorre, partes do
cérebro já foram destruídas, dificultando ou mesmo impossibilitando o
tratamento.
Os níveis de proteína amilóide oscilam naturalmente, tanto em
camundongos quanto pessoas, ao longo de um período de 24 horas. Mas, com o
Alzheimer, tais placas são formadas permanentemente.
Na pesquisa conduzida em Washington, os pesquisadores afirmaram que
camundongos de hábitos noturnos costumam dormir 40 minutos a cada hora, mas tão
logo as placas começam a ser formadas, o período de sono é reduzido para 30
minutos.
"Se estas anormalidades começam cedo assim no desenvolvimento do
Alzheimer humano, elas podem nos fornecer um sintoma facilmente perceptível (da
doença)", disse um dos pesquisadores, David Holtzman.
Mas descobertas em camundongos nem sempre são aplicáveis a humanos e
podem existir outros motivos para a interrupção do sono.
Especialistas dizem que são necessários mais estudos para que se tenha
uma visão mais clara do problema.
(BBC Brasil)
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