VERGONHA NO BRASIL
Fonte:http://fapmg.org.br/
por Diário do Grande ABC
10/7/2013
Judite Azevedo, 75 anos,(foto) é pensionista e tem como única fonte de renda o benefíciodo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no valor de um salário-mínimo, R$ 678. Todos os meses ela recorre ao posto de saúde perto de sua casa, em Santo André, para pegar gratuitamente alguns dos medicamentos que toma para controlar doenças como hipertensão e trombose. Quando não consegue, é obrigada a deixar quase 30% de seu rendimento mensal na farmácia, ao desembolsar em torno de R$ 200 para cuidar da saúde.
A realidade de Judite é a mesma de muitos dos aposentados brasileiros que, exatamente por essa dificuldade, se vêem obrigados a encarar o mercado de trabalho em plena terceira idade. Na região, conforme estimativa da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Grande ABC, a metade dos trabalhadores que 'penduram as chuteiras' (130,5 mil dos 261,1 mil) voltam à labuta para complementar o benefício do INSS.
"Só os gastos com medicamentos comprometem cerca de 30% da renda de aposentados e pensionistas. Se considerarmos plano de saúde, esse percentual passa de 70%", afirma o diretor da entidade Luís Antonio Ferreira Rodrigues. "A maioria não aguenta pagar convênio médico. Ou recorrem aos filhos para pagar o plano ou passam a depender do SUS (Sistema Único de Saúde)."
Conforme o planejador financeiro Silvio Paixão, apenas 2% dos cerca de 30 milhões de aposentados do País conseguem se manter sem a ajuda de parentes. Ou seja, 98% dependem de filhos, irmãos ou amigos.
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