Rio -  As madrugadas na fila à espera de atendimento para dar entrada na aposentadoria ou auxílios fazem parte de um passado, não tão distante, dentro dos 90 anos de história da Previdência Social no Brasil. Com a informatização do atendimento, a criação da Central 135 e as facilidades que a internet trouxe, os segurados podem agora dar entrada em benefícios até no mesmo dia. Mas a longa espera pelas perícias médicas é ainda uma pedra no sapato dos gestores do órgão.

Com mais de um milhão de atendimentos ao ano e tempo médio de concessão debenefício na casa dos 28 dias — dois abaixo da média nacional —, a gerência executiva do Centro, na capital, concentra o maior número de procura em todo o estado.
Foto: Agência O Dia
O registro feito há sete anos mostra a longa fila por atendimento, que os segurados eram obrigados a enfrentar no posto da Previdência Social em Irajá, bairro da Zona Norte do Rio | Foto: Agência O Dia
Para o gerente da unidade, Flávio Souza, os desafios não param. Entre eles, reduzir em 15 dias o tempo de espera para a concessão de benefícios, como aposentadoria, e diminuir a espera pelas perícias médicas.

“Melhoramos, sim, nos últimos anos, mas temos muito o que avançar. A perícia médica é ainda um sistema crítico, mas que deve deixar de ser a partir de meados deste ano com a implementação de um novo modelo de perícias ainda em testes pela Previdência Social”, afirma Flávio Souza, mencionando o sistema de perícia automática.

Perícia automática

Previsto para começar a funcionar em todo o país no mês de maio, a perícia automática vai garantir que segurados com determinadas doenças tenham direito a auxílio pelo período de até 60 dias, sem que seja necessário passar por perícias médicas. Tanto o benefício quanto a alta seriam autorizados por médico da rede pública ou particular.

Educação para agilizar serviço

A melhoria no atendimento dos serviços nas agências da Previdência Social (APS) também está condicionada à conscientização e educação dos segurados sobre seus direitos e deveres.

Segundo Flávio Souza, gerente executivo da gerência Centro, parte da lentidão no serviço poderia ser minimizado se os segurados atualizassem seus dados cadastrais e ajudassem o INSS à fiscalizar a contribuição das empresas, que muitas vezes recolhem do profissional mas não repassam o dinheiro ao governo.
Fonte: O Dia