Os aposentados precisam ficar atentos com o crédito consignado
SÃO PAULO – Os cuidados com o orçamento e a preparação para a aposentadoria são assuntos muito discutidos por diversos educadores financeiros. No entanto, pouco se fala sobre as finanças pessoais depois de se aposentar. Para o professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, o maior problema quando se para de trabalhar é a redução da renda e a adaptação com a nova condição financeira.
Primeiramente, a pessoa precisa remodelar seu orçamento, aprendendo a gastar menos ou, em alguns casos, procurando outra atividade profissional para complementar a renda. Lembrando-se de atentar às necessidades básicas que são saúde – pois os planos de saúde costumam ser mais caros conforme a idade do beneficiado, além de os gastos com remédios –, moradia e alimentação.
Segundo o professor de Finanças da MetroCamp, Flávio Nunes Almeida, os cuidados principais são os mesmos de quando se está trabalhando. Ou seja, nunca gastar mais do que recebe e planejar os gastos. “Nos pagamentos a prazo programe o pagamento para uma época próxima ao recebimento do benefício da aposentadoria, pois, dessa forma, a pessoa não fica muito tempo sem dinheiro na conta”, explica. Outra opção é procurar realizar pagamentos à vista, para conseguir alguns descontos.
Emergências
Uma orientação comum para ter um orçamento saudável é juntar uma quantia de dinheiro para emergências. Porém, Gonçalves lembra que a preferência é que esse dinheiro seja acumulado antes da aposentadoria, para poder utilizar o benefício com as necessidades principais e, quando possível, com sonhos de consumo, como viagens.
Dívidas
Os bancos costumam facilitar e até induzir os aposentados a adquirirem crédito consignado, por conta de a pessoa ter uma renda contínua com o benefício. Por isso, ambos os professores recomendam prestar atenção quando se vai pedir um empréstimo e buscar orientação de alguém de confiança para ajudar na decisão. Almeida ainda lembra que alguns filhos se aproveitam da incapacidade dos pais de acompanhar suas próprias economias e fazem dívidas em nome dos aposentados.
Por Juliana Américo Lourenço da Silva
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