Como você é? Fica emocionado facilmente com uma música, filme ou declaração? Em uma formatura, casamento ou aniversário? Ou você é do tipo mais controlado, que encara friamente estas situações? Cada pessoa tem a sua personalidade emocional e, independente de qual for, impõe mudanças físicas como as lágrimas, os tremores das mãos, a respiração ofegante e até taquicardia.
Um novo estudo alemão encontrou em seus experimentos uma descoberta surpreendente: os batimentos do coração, fora de qualquer evento extraordinário, reflete traços da sua personalidade.
A pesquisa foi feita com 425 estudantes que responderam os questionários tradicionais de personalidade e tiveram seus batimentos cardíacos monitorados por um eletrocardiograma. Assim, foi observado que padrões específicos nas atividades elétricas do coração se relacionavam diretamente com certos traços da personalidade do individuo.
Por exemplo, pessoas com certa assinatura de batimento cardíaco tiveram maior pontuação no teste de neuroticismo – significando que são indivíduos mais propensos a emoções negativas, como ansiedade edepressão. Eles também experimentam menos emoções positivas, incluindo felicidade e alegria. As medições da atividade elétrica do coração também podem ser utilizadas para prever o altruísmo de alguém, um traço que descreve quanta compaixão ou empatia um indivíduo tem.
Traços da personalidade podem influenciar o ritmo cardíaco de inúmeras formas – ou por conexões nervosas diretas entre o cérebro e o coração, ou por alterar a respiração e liberar hormônios específicos.
Os resultados sugerem que a assinatura do batimento cardíaco é capaz de providenciar meios de medir a personalidade mais efetivamente do que os métodos usados hoje em dia. Segundo os pesquisadores alemães, os questionários de personalidade podem ser tendenciosos, já que as pessoas podem escolher as suas respostas ao que elas acreditam ser mais aceitável para a sua cultura, por exemplo, ou talvez possam perceber erroneamente a sua própria personalidade.
O novo método pode também ser utilizado para identificar assinaturas de batimento cardíaco que sejam característicos de alguns transtornos emocionais, como a depressão, ou de uma doença cardiovascular. Dessa maneira, seria uma ajuda para diagnosticar transtornos ou identificar pessoas que estão em risco, é o que esperam os pesquisadores.
O estudo foi publicado na revista científica PLoS ONE.
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