R$ 105 bilhões para poupadores
STF se prepara para julgar se perdas causadas por planos econômicos devem ser ressarcidas
Rio - A pauta de votação do Supremo Tribunal Federal (STF) para este ano está cheia de temas espinhosos. Um deles enche os olhos de milhões de brasileiros, mas tira o sono dos banqueiros e do governo. É o que trata da definição sobre a correção das cadernetas de poupança dos planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II. “É uma questão complexa e que, dependendo da decisão da justiça, envolverá valores bastante expressivos”, alerta o economista e professor de Finanças do Ibmec-RJ, Gilberto Braga.
O STF terá de confirmar se houve ou não expurgos ou pagamentos menores aos poupadores na época da aplicação dos planos. Caso o STF decida a favor dos correntistas, bancos públicos e privados terão que pagar a correção. O Banco Central estima as indenizações em astronômicos R$ 105 bilhões.
PERDAS AOS CORRENTISTAS
Segundo o advogado André Viz, que defende servidores públicos neste tipo de ação, o governo mudou os critérios das correções na aplicação de cada plano, causando série de perdas aos correntistas.
“Os poupadores tinham perspectiva de correção conforme a inflação e, de uma hora para outra, mudaram a regra. A questão é saber como o tribunal vai se posicionar, pois, além do caráter jurídico, há o lado social, dos aplicadores, e o lado do governo, que poderá ter um desembolso grande”, explica.
Planos econômicos foram tentativas de conter inflação
Os planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e II foram tentativas do governo de conter a inflação, que chegou a passar de 80% ao mês. Com isso, ocorreram modificações nos índices que serviam como base para o cálculo da remuneração das cadernetas de poupança. Os bancos interpretaram de forma a não aplicar integralmente a correção inflacionária por determinados períodos.
Os percentuais de perdas são diferenciados caso a caso. Mas, para quem tinha poupança nos quatro planos econômicos, as perdas podem somar até 95% porque os poupadores tiveram prejuízos de 8,04% no plano Bresser, perdas estimadas em 20% no plano Verão, 45% no plano Collor I e 21% no plano Collor II.
Cerca de 700 mil pessoas pedem na Justiça os valores que deixaram de ser corrigidos entre 1987 e 1991.
Poupança tem maior captação
Os depósitos em poupança superaram os saques em R$ 2,3 bilhões, em janeiro, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Essa foi a maior captação líquida para o mês desde 2010, quando foram registrados mais depósitos que retiradas em R$2,6 bilhões.
O volume total de recursos aplicados na mais tradicional modalidade de investimentos do país atingiu a marca inédita de R$ 500,8 bilhões em janeiro. No fim do ano passado, o estoque de recursos na caderneta de poupança totalizava R$496,3 bilhões.
Fonte: O Dia Online - 07/02/2013
Rio - A pauta de votação do Supremo Tribunal Federal (STF) para este ano está cheia de temas espinhosos. Um deles enche os olhos de milhões de brasileiros, mas tira o sono dos banqueiros e do governo. É o que trata da definição sobre a correção das cadernetas de poupança dos planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II. “É uma questão complexa e que, dependendo da decisão da justiça, envolverá valores bastante expressivos”, alerta o economista e professor de Finanças do Ibmec-RJ, Gilberto Braga.
O STF terá de confirmar se houve ou não expurgos ou pagamentos menores aos poupadores na época da aplicação dos planos. Caso o STF decida a favor dos correntistas, bancos públicos e privados terão que pagar a correção. O Banco Central estima as indenizações em astronômicos R$ 105 bilhões.
PERDAS AOS CORRENTISTAS
Segundo o advogado André Viz, que defende servidores públicos neste tipo de ação, o governo mudou os critérios das correções na aplicação de cada plano, causando série de perdas aos correntistas.
“Os poupadores tinham perspectiva de correção conforme a inflação e, de uma hora para outra, mudaram a regra. A questão é saber como o tribunal vai se posicionar, pois, além do caráter jurídico, há o lado social, dos aplicadores, e o lado do governo, que poderá ter um desembolso grande”, explica.
Planos econômicos foram tentativas de conter inflação
Os planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e II foram tentativas do governo de conter a inflação, que chegou a passar de 80% ao mês. Com isso, ocorreram modificações nos índices que serviam como base para o cálculo da remuneração das cadernetas de poupança. Os bancos interpretaram de forma a não aplicar integralmente a correção inflacionária por determinados períodos.
Os percentuais de perdas são diferenciados caso a caso. Mas, para quem tinha poupança nos quatro planos econômicos, as perdas podem somar até 95% porque os poupadores tiveram prejuízos de 8,04% no plano Bresser, perdas estimadas em 20% no plano Verão, 45% no plano Collor I e 21% no plano Collor II.
Cerca de 700 mil pessoas pedem na Justiça os valores que deixaram de ser corrigidos entre 1987 e 1991.
Poupança tem maior captação
Os depósitos em poupança superaram os saques em R$ 2,3 bilhões, em janeiro, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Essa foi a maior captação líquida para o mês desde 2010, quando foram registrados mais depósitos que retiradas em R$2,6 bilhões.
O volume total de recursos aplicados na mais tradicional modalidade de investimentos do país atingiu a marca inédita de R$ 500,8 bilhões em janeiro. No fim do ano passado, o estoque de recursos na caderneta de poupança totalizava R$496,3 bilhões.
Fonte: O Dia Online - 07/02/2013
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