Em decorrência do aumento da expectativa de vida e, conseqüentemente, da população idosa, o Brasil tem assistido ao contínuo crescimento dos casos de doença de Alzheimer – atualmente, estima-se que atinja cerca de 5% da população brasileira com idade igual ou superior a 65 anos. Entretanto, devido ao desconhecimento, boa parte dos sintomas iniciais da doença (entre eles, os lapsos de memória) ainda é encarada como um fator inerente ao avanço da idade. Segundo os especialistas, em média, pessoas com Alzheimer levam mais de três anos para receberem o diagnóstico correto e, dessa forma, iniciar o tratamento (95% deles morre nos primeiros cinco anos após as primeiras manifestações da doença). Com o intuito de difundir esclarecimentos sobre a doença e estimular o diagnóstico precoce, no mês de setembro, a Academia Brasileira de Neurologia promove ações com participação de neurologistas ao longo de 14 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pará, Amazonas, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Serão mais de 40 palestras em que pessoas de todo o País poderão conversar e tirar dúvidas diretamente com profissionais especializados no atendimento a pacientes com a doença – a relação completa de datas e locais estará disponível no site www.abneuro.org, a partir de 01 de setembro.
A partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde, estima-se que em sete anos a população idosa (considerando apenas a faixa etária de 60 a 74 anos) abrangerá, aproximadamente, 17 milhões de pessoas. Cerca de metade delas estará propensa a desenvolver doenças típicas da idade, como o Alzheimer. De acordo com estudo populacional brasileiro, a doença é responsável por 55,1% dos casos de demência registrados em idosos.
A doença de Alzheimer é a mais frequente doença neurológica degenerativa da espécie humana. Trata-se de uma enfermidade que acarreta alterações no funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e, muitas vezes, no comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades cotidianas, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de autocuidado. Familiares, sobretudo quando cuidadores, formam outro grupo impactado pela doença. Estudos apontam que cerca de 15% a 32% deles apresentam depressão durante o período de assistência ao doente.
Embora não seja curável, a doença de Alzheimer é tratável. Contudo, muitas pessoas não têm esta informação ou não reconhecem os benefícios dos medicamentos aprovados para o seu tratamento, que podem ajudar no controle de alguns sintomas. Segundo a coordenadora a campanha, Dra. Marcia Lorena Chaves, “com o diagnóstico precoce e tratamento iniciado mais cedo, é possível conferir maior sobrevida e melhor qualidade de vida ao paciente. Respeitando suas diferenças e trâmites burocráticos, em todos os estados é possível adquirir os medicamentos (específicos para a doença) pelo SUS”.
Calendário de Ações
São Paulo - Capital
SESC Consolação .:. 21/set – 14h30
Rua Dr. Vila Nova, 245 – Vila Buarque
SESC Pinheiros .:. 28/set – 14h
Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros
São Paulo – Fernandópolis
Anfiteatro da Sede da Unimed .:. 21/set- 20h
Av. Afonso Cáfaro, 2611 – Jardim Santista
Bahia - Salvador
SESC Rua Chile .:. 14/set – 14h30
Rua Chile, 15 – Centro Histórico
Minas Gerais – Paracatu
SESC .:. 22/set – 19h30
Rua Auridamas Avelino de Barros, 347 – Bairro Lavrado
Minas Gerais – Teófilo Otoni
SESC Teófilo Otoni .:. 28/set – 14h30 e 19h
Av. Bernarda Barbosa Leander, 146 – São Diogo
Rio Grande do Sul – Porto Alegre
SESC Navegantes – 14h30
Av. Brasil, 483 – Centro